Algumas de Nossas Cervejarias Artesanais que Merecem o Nosso Respeito.

Muito interessante a matéria que saiu no Globo.com referente as nossas Cervejarias Artesanais que merecem todo respeito pelo sucesso que vem demonstrando no seu caminhar.

Com certeza muitas outras cervejarias de qualidade e respeito mereciam estar neste post, como Coruja, Saint Bier, Baden Baden, Madalena, entre outras, contudo, se formos colocar todas aqui deixaria de ser um post para ser um Guia.

Segue abaixo algumas cervejarias em destaque e com certeza iremos ter mais conteúdos para falar de todas as Cervejarias Artesanais de nosso país, pois eu acredito cada vez mais nas nossas cervejas seja na conquista do novo consumidor ou na conquista de espaço no mercado internacional.

 

2 CABEÇAS – Rio de Janeiro, RJ

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A carioca 2Cabeças, se não é a primeira experiência no Brasil do método “cigano” de fazer cerveja, é a mais bem-sucedida. Os sócios Bernardo Couto, Salo Maldonado e Maíra Kimura desenvolvem as receitas e produzem cada hora em uma cervejaria diferente – já passaram por seis. Se especializaram em cervejas amargas, mas têm procurado diversificar as opções, e apostam em forte apelo visual e marketing ousado, como lançar uma cerveja dedicada ao “funk pancadão”.

Rótulos recomendados: Hi-5 (black IPA), MaracujIPA (India pale ale) e Saison a trois* (farmhouse ale).

* OBS: Consta oficialmente no portfólio da Invicta, que a produz regularmente.

 

BAMBERG – Votorantim, SP

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A família Bazzo pegou emprestado o nome da cidade alemã famosa por suas cervejas defumadas e criou na pequena cidade paulista a Bamberg, uma das cervejarias brasileiras mais premiadas em competições nacionais e internacionais. Seu cervejeiro, Alexandre Bazzo, é tão devoto dos estilos de origem alemã que a provocação mais comum dos amigos a ele é perguntar quando vai fazer uma India Pale Ale (estilo originalmente inglês e adotado com fervor nos EUA).

Rótulos recomendados: Bambergerator (doppelbock), Weizen (weizenbier, cerveja de trigo), Rauchbier (defumada)

 

BODEBROWN  – Curitiba, PR

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Formado engenheiro químico, Samuel Cavalcanti encarnou em 2010 a versão cervejeira do cientista excêntrico, sempre ansioso por experimentar novidades. Desde então, ao lado do irmão, Paulo Cavalcanti, e do amigo Rafael David (que já deixou a empresa), criou a primeira cervejaria-escola “open source” do Brasil: além de produzir cerveja, eles dão cursos e ensinam as próprias receitas, coisa que muitos cervejeiros jamais cogitariam. E criou ainda um dia de “encha o seu garrafão” na própria fábrica

Rótulos recomendados: Wee Heavy (Scottish ale), 4Blés (Belgian strong dark ale), Cacau IPA (India pale ale) e Perigosa (India pale ale ).

 

COLORADO – Ribeirão Preto, SP
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Veterana no incipiente mercado brasileiro, também fartamente premiada, a cervejaria comandada por Marcelo Carneiro da Rocha continua a promover o feliz casamento de ingredientes tipicamente brasileiros – como rapadura, aipim e café – com estilos de cerveja internacionalmente consagrados, principalmente de origem alemã e inglesa. Também é responsável pela criação de um festival em homenagem às IPAs (estilo inglês cuja característica principal é o amargor elevado), em sua cidade natal.

Rótulos recomendados: Indica (India pale ale), Vixnu (imperial India pale ale) e Colorado Ithaca (imperial stout).

 

DUM – Curitiba, PR

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Com apenas três rótulos oficiais em seu portfólio, a paranaense DUM, do trio Murilo Foltran, Luiz Felipe Araújo e Júlio Moutinho, fez história já em sua primeira produção. A Petroleum é possivelmente a primeira cerveja no mundo a ser produzida, simultaneamente, por duas cervejarias no mesmo país – no caso, a mineira Wäls e a paranaense Gauden Bier. Meio de brincadeira, meio a sério, Foltran chama a cervejaria de “parque temático”.

Rótulos recomendados: Petroleum (imperial stout) e Jan Kubis (American pale lager)

 

INVICTA  – Ribeirão Preto, SP

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Vizinha da Colorado no polo cervejeiro de Ribeirão Preto, a Invicta foi fundada por técnico cervejeiro Rodrigo Silveira, formado pelo curso do Senai em Vassouras (o único do gênero no país). Além de suas próprias receitas de estilos clássicos alemães e ingleses, também passou a produzir cervejas “terceirizadas”. Entre estas, estão as da banda Velhas Virgens, e a Saison a Trois, produzida com a 2Cabeças.

Rótulos recomendados: Pilsener, 1000 IBUs (imperial India pale ale), Velhas Virgens Indie Rockin’ Beer

 

MORADA CIA. ETÍLICA  – Curitiba, PR

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Fazer cerveja com café, só que clara, quase loura, em vez das tradicionais porters. Aproveitar a textura mais “macia” do trigo para criar uma cerveja com um quê de licoroso (wheat wine), mas facílima de beber. O cervejeiro/destilador André Junqueira, definitivamente, pensa fora da caixa quando se trata de receita. As experiências têm sido bem-sucedidas. Não bastassem as cervejas, a “Companhia Etílica” de Junqueira produz ainda diversos tipos de destilados, como cachaça e gin.

Rótulos recomendados: Double Vienna (amber lager), Gasoline Soul (old ale) e Hop Arabica (american blond ale)

 

SEASONS  – Porto Alegre, RS

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Só falta a Seasons embalar as garrafas em pedaços de flanela quadriculada, de enfronhada no espírito de Seattle. Até seu nome vem de uma música de Chris Cornell, do Soundgarden, uma das preferidas do vocalis… digo, cervejeiro, Leonardo Sewald. Receitas de inspirações clássicas belgas e inglesas, carregadas de aromas e sabores que podem chegar a ser agressivos são a especialidade da micro gaúcha.

Rótulos recomendados: Green Cow (India pale ale), Holy Cow (imperial India pale ale) e Cirillo (stout)

 

WÄLS –Belo Horizonte, MG

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A cervejaria belga mais mineira do mundo, ou a cervejaria mineira mais belga do mundo? Difícil saber. A família Carneiro – o pai, Miguel, a mãe, Ustane, e os filhos José Felipe e Tiago – conduz a Wäls com tino de comerciantes e aspirações artísticas. Suas versões de estilos clássicos da Bélgica conquistam medalhas e mais medalhas, a cada competição. Conta ainda a aposta bem-sucedida na produção da Petroleum criada pela DUM, também amplamente premiada.

Rótulos recomendados: Pilsen, Witte, Dubbel, Tripel e Quadrupel

 

WAY – São José dos Pinhais, PR

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Estilos variados e produção consistente de alto padrão são as marcas da cervejaria dos paranaenses Alessandro de Oliveira e Alejandro Winocur – que caiu nas graças do jornalista canadense Stephen Beaumont, autor de guias cervejeiros. A Way Beer também se aventurou em maturar cerveja em madeira brasileira (no caso, a amburana), em vez do costumeiro carvalho francês ou americano, e em lançar uma linha de cervejas azedas (de que falarei em outro post) e de baixo teor alcoólico.

Rótulos recomendados: Amburana Lager (strong lager), Irish Red Ale, Way Avelã (porter), Way sour me not – Acerola, Graviola e Morango (fruit beer)

 

Informações extraídas do Globo.com e resenha por Marcio Beck